Microsoft conserta pane, mas Office 365 segue com falhas
De acordo com informações divulgadas por agências de notícias internacionais, os usuários mais afetados por um apagão cibernético recente foram aqueles que utilizam os serviços da Microsoft. Esse incidente ressalta a vulnerabilidade da infraestrutura digital moderna e a importância de medidas robustas de segurança cibernética para proteger os dados e serviços online.
A Microsoft divulgou um comunicado sobre o incidente cibernético que ocorreu na sexta-feira, 19, afetando serviços vitais em diversos países ao redor do mundo. Empresas aéreas, bancos, redes de comunicação e finanças foram impactados, com os clientes da Microsoft sendo os mais prejudicados, incluindo relatos de pane em alguns bancos no Brasil. A empresa afirmou que a causa do problema já foi corrigida, porém o Microsoft Office 365 ainda está sendo afetado.
No comunicado divulgado pela empresa pela manhã de sexta-feira, foi mencionado que as falhas ocorreram no sistema Azure, uma plataforma de nuvem amplamente utilizada. O Azure faz uso do Falcon, desenvolvido pela empresa CrowdStrike, como ferramenta de segurança para detectar e monitorar atividades suspeitas, como invasões e ações de hackers. Foram apontadas informações de que a pane global teve origem em um problema no sistema Crowdstrike.
De acordo com a CNN Internacional, o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, esclareceu que a empresa presta serviços a governos e grandes corporações, e o incidente não está sendo tratado como um ataque cibernético, mas sim como relacionado a um software antivírus corporativo da própria CrowdStrike. Uma falha no sensor Falcon, integrante do sistema operacional Windows, foi identificada como a principal causa dos problemas enfrentados. Kurtz afirmou que a empresa está trabalhando ativamente para resolver a situação e comunicar os clientes afetados.
No Brasil, os relatos de problemas decorrentes do apagão cibernético surgiram por volta das 7h da manhã, com usuários enfrentando dificuldades para acessar aplicativos bancários. Ainda não está confirmado se a instabilidade no país está relacionada ao ocorrido globalmente. Nos Estados Unidos, grandes companhias aéreas, como Delta, United e American Airlines, suspenderam voos devido a problemas de comunicação, segundo a Administração Federal de Aviação.
Na Alemanha, o aeroporto de Berlim Brandenburg também enfrentou suspensão de voos devido a alegados “problemas técnicos”, enquanto na Espanha, os terminais aéreos sofreram interrupções por questões informáticas. Em Hong Kong, algumas companhias aéreas foram prejudicadas por falhas nos serviços da Microsoft. No Reino Unido, uma operadora ferroviária alertou sobre cancelamentos de trens devido a problemas de natureza informática.
Enquanto isso, no aeroporto de Sydney, na Austrália, longas filas se formaram em decorrência de falhas nos sistemas, sendo relatado o gradual restabelecimento dos serviços pelas autoridades, que estão empenhadas em solucionar os problemas.