Desembargador afastado por declarações polêmicas sobre mulheres
Luis Cesar de Paula Espíndola, magistrado envolvido em polêmica, foi alvo de uma decisão da Corregedoria Nacional de Justiça. Ele se pronunciou afirmando que sua conduta não foi motivada pela intenção de menosprezar o comportamento feminino.
O desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), foi afastado de suas funções nesta quarta-feira (17)
A decisão de afastamento foi tomada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, após declaração polêmica durante uma sessão que avaliava um caso de assédio contra uma criança de 12 anos. Durante essa sessão, Espíndola afirmou que “mulheres estão loucas atrás de homens”
Segundo Salomão, a conduta do desembargador manchou seriamente a imagem do Judiciário, gerando perda de confiança por parte dos jurisdicionados em relação à sua atuação
A decisão de afastamento foi tomada em conjunto com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso.
O corregedor destacou que a urgência e gravidade da situação exigiam a medida determinada, principalmente devido ao fato do desembargador atuar em uma câmara responsável por casos semelhantes, desrespeitando políticas e normas estabelecidas pelo Conselho
Quanto à possível remoção de Espíndola, o ministro Salomão explicou que essa questão só será analisada após o término do julgamento da Reclamação Disciplinar instaurada para investigar o caso. Neste processo, o desembargador terá a oportunidade de apresentar sua defesa
Em nota divulgada no dia do episódio, Espíndola se defendeu, alegando que não teve a intenção de menosprezar as mulheres e enfatizando sua defesa pela igualdade de gênero, tanto em sua vida pessoal quanto em suas decisões judiciais. Ele ainda expressou profundo pesar pelo ocorrido e solidariedade àqueles que se sentiram ofendidos pela divulgação parcial do vídeo da sessão
Em resumo, o afastamento do desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola foi uma medida tomada após suas declarações inadequadas durante uma sessão judicial, que geraram repercussão negativa e desgaste à imagem do Poder Judiciário. O caso segue em investigação, com a possibilidade de remoção do cargo sendo considerada apenas ao final do processo disciplinar.