Aprovação para aumento de capital da Americanas (AMER3)

Na noite de segunda-feira (08), a Americanas (AMER3) anunciou que a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a subscrição e integralização das novas ações ordinárias a serem emitidas pela empresa.

Durante uma assembleia de acionistas realizada em maio, foi aprovado um aumento de capital da Americanas no valor de até R$ 40,7 bilhões. Os acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, comprometeram-se a aportar no mínimo R$ 12 bilhões nessa oferta. No total, serão emitidas pelo menos 9,4 bilhões de novas ações da Americanas, considerando o valor mínimo de R$ 12,3 bilhões; porém, esse montante pode chegar a 31,3 bilhões de ações com o valor máximo de R$ 40,7 bilhões. O preço de emissão por ação será de R$ 1,30.

Com o aumento de capital aprovado pelo Cade, a expectativa é que o trio de acionistas de referência detenha 49,2% da empresa, enquanto os credores ficarão com 47,6% e os demais acionistas com os 3,2% restantes. Além disso, o plano de recuperação da Americanas inclui o grupamento de ações ordinárias na proporção de 100 para 1, o que significa que cada conjunto de 100 ações será transformado em uma única ação, com o preço sendo multiplicado pelo mesmo fator. Esta medida visa reduzir a volatilidade das ações e tirar a classificação de “penny stock”, usada para ações que são negociadas abaixo de R$ 1.

A previsão é de que as ações da Americanas comecem a ser negociadas no novo modelo a partir de 17 de julho. Na última segunda-feira, as ações encerraram o pregão sendo negociadas a R$ 0,50; considerando o grupamento, o valor de cada ação seria de R$ 50. Essas mudanças buscam alinhar a cotação das ações da Americanas a padrões de preço mais condizentes com a empresa e outras companhias de grande porte.