Deputados incluem apostas esportivas no ‘imposto do pecado’ da reforma tributária
Deputados que integram grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária apontam inclusão das apostas esportivas no Imposto Seletivo
Deputados que integram o grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária afirmaram nesta segunda-feira, 1º, que devem incluir as apostas esportivas, chamadas de ‘bets’, na lista de produtos que serão alvo do Imposto Seletivo.
O Imposto Seletivo, também conhecido como ‘imposto do pecado’, incide sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente. A possível inclusão das apostas esportivas foi destacada por deputados como Reginaldo Lopes (PT-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA), que demonstraram confiança nessa medida.
Além das bets, o projeto de regulamentação enviado pela equipe econômica ao Congresso prevê a taxação de bebidas alcoólicas, cigarro, veículos, embarcações, aeronaves e minerais extraídos como petróleo e minério de ferro. No entanto, há debates em andamento para a inclusão de alimentos ultraprocessados, armas, munições, agrotóxicos e até jogos eletrônicos.
Na tentativa de equilibrar o possível impacto nas alíquotas do novo Imposto sobre Valor Agregado, os parlamentares destacaram a necessidade de compatibilizar a inclusão de novos produtos na cesta básica com outras ações. Segundo o deputado Hildo Rocha, a Fazenda ainda enviará aos deputados um cálculo do impacto da ampliação das isenções na cesta básica, incluindo a possível inclusão de carnes nesse grupo. A pressão pela isenção de produtos como frango, defendida pelo presidente Lula, também é um ponto de discussão.
O governo manifestou confiança na apresentação do relatório de regulamentação da reforma tributária nesta quarta-feira, 3, com previsão de votação na Câmara até 17 de julho. O ministro Fernando Haddad e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) se reuniram com os deputados para discutir os detalhes do projeto. Padilha destacou que não haverá taxação sobre o capital em fundos como Fiagro ou imobiliários, desmentindo informações equivocadas divulgadas anteriormente sobre o tema. O compromisso de não aumentar a carga tributária foi reafirmado pelos parlamentares, que asseguram que a regulamentação da reforma tributária será concluída neste semestre.