Alerta da OMS sobre o perigo das versões falsificadas do medicamento Ozempic

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o perigo representado pelas versões falsificadas do Ozempic, um medicamento originalmente utilizado no tratamento de diabetes, mas que vem sendo procurado por muitas pessoas com o intuito de perder peso. Desde 2022, a OMS vem acompanhando o crescimento do Ozempic falsificado, com lotes fraudulentos sendo apreendidos no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido.

A entidade destacou a importância de adquirir o Ozempic apenas de fontes confiáveis de saúde, como médicos, e não de páginas duvidosas na internet ou redes sociais. O princípio ativo do Ozempic, a semaglutida, atua auxiliando no controle do açúcar no sangue de pessoas com diabetes tipo 2. A injeção semanal emite sinais ao cérebro indicando saciedade, mesmo diante de porções menores de comida, auxiliando assim na perda de peso ao reduzir a vontade de comer.

É preocupante o fato de que muitas pessoas não diabéticas estejam utilizando o Ozempic como recurso para emagrecimento, o que tem levado à escassez do medicamento entre os pacientes com diabetes e à criação de um mercado ilegal de medicamentos falsificados. A OMS divulgou quatro recomendações para evitar a compra de versões falsas do Ozempic, ressaltando que algumas injeções falsificadas não contêm semaglutida e podem conter substâncias prejudiciais como insulina, com efeitos imprevisíveis no organismo.

Alison Cave, diretora de segurança da OMS, alertou que adquirir semaglutida de fornecedores ilegais online aumenta significativamente os riscos de se obter um produto falsificado ou não licenciado, colocando em perigo a saúde das pessoas. No Reino Unido, por exemplo, lotes falsificados de Ozempic entraram no país a partir de fornecedores legítimos da Áustria e Alemanha, com embalagens que pareciam autênticas.

A OMS salientou que a utilização desses produtos falsificados pode acarretar sérios danos à saúde, reforçando a importância de se manter vigilante quanto à origem dos medicamentos adquiridos. É fundamental a conscientização por parte dos profissionais de saúde, autoridades regulatórias e da população em geral sobre a gravidade do problema das falsificações, visando proteger a saúde e a segurança de todos.