Participação feminina e diversidade ainda são desafios nos conselhos fiscais das empresas

Pesquisa revela baixa representatividade feminina e racial nos órgãos de governança das companhias

Pesquisa aponta que apenas 57,2% das empresas têm conselho fiscal instaurado Foto: Gabriela Biló/Estadão / Estadão Reprodução: https://www.terra.com.br/

Uma pesquisa realizada pela MZ Estudos com 346 empresas apontou que, embora a maioria (73,4%) adote práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG), apenas 57,2% possuem um conselho fiscal estabelecido. O conselho fiscal desempenha um papel fundamental na supervisão da administração da companhia e na prevenção de fraudes, sendo essencial para garantir a transparência e a integridade nos negócios.

Os resultados do levantamento mostraram que, dentre os 20 setores econômicos representados na pesquisa, somente três quintos das empresas analisadas possuem um conselho fiscal. Isso evidencia a necessidade de ampliar a presença desse órgão de governança nas organizações, a fim de fortalecer a fiscalização e a prestação de contas.

Além disso, o estudo revelou que a representatividade feminina nos cargos de liderança ainda é muito baixa. Apenas 13,4% dos integrantes da diretoria executiva das empresas são mulheres, enquanto as mulheres ocupam 15,3% das cadeiras nos conselhos de administração. Esses números refletem a persistente desigualdade de gênero no ambiente corporativo, evidenciando a importância de promover a diversidade e a inclusão nas estruturas de governança das companhias.

No que diz respeito à diversidade racial, a pesquisa apontou que a maioria dos membros da diretoria executiva e dos conselhos de administração se autodeclararam brancos, com percentuais de 84,7% e 81,8%, respectivamente. Esse cenário ressalta a necessidade de implementar políticas e ações afirmativas que fomentem a inclusão de pessoas negras e de outras etnias nos mais altos cargos de decisão das empresas, contribuindo para a construção de ambientes mais diversos e representativos.

Os dados levantados pela pesquisa reforçam a importância de fortalecer a governança corporativa, promover a equidade de gênero e étnico-racial, e ampliar a transparência e a responsabilidade nas organizações. A busca por uma atuação mais sustentável e socialmente responsável exige o engajamento de todos os atores do mercado, visando a construção de um ambiente empresarial mais justo, inclusivo e transparente.

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