Brasil introduzirá o alistamento militar para mulheres a partir de 2026
Ministério da Defesa anuncia abertura do processo, com debates sobre o limitado número de vagas femininas
Em um marco histórico para as Forças Armadas do Brasil, será permitido o ingresso voluntário de mulheres nas carreiras de combatente a partir de 2026. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, revelou a decisão após extensivas negociações com líderes militares sobre a abertura das portas para as mulheres nas posições de linha de frente, incluindo infantaria e outros campos de batalha.
Mulheres já fazem parte do exército brasileiro através de academias militares, com alguma presença nos cargos de oficial; no entanto, antes desta mudança, as áreas de combate propriamente ditas eram predominantemente masculinas, exceto na Marinha, onde mulheres podem servir como fuzileiros navais. ‘Essa participação feminina vai além dos papéis tradicionais como enfermagem e funções administrativas; queremos que as mulheres estejam fortemente armadas e ativamente envolvidas’, declarou Múcio à imprensa.
O plano contempla que jovens brasileiras que fizerem 18 anos em 2025 poderão se alistar em 2026, com um sistema de recrutamento similar ao dos homens, mas sem o caráter compulsório. A implementação do programa ainda está em debate entre os comandantes das forças, especialmente em relação ao número de vagas para as recrutas femininas. Esse tópico gera divergências e está pendente de uma decisão final do ministro da Defesa.
Durante um encontro com o Alto Comando do Exército, foi contemplada a criação de mil a duas mil vagas para mulheres inicialmente, mirando áreas onde já existe participação feminina como em hospitais e bases administrativas. Contudo, a definição destas vagas se baseia na incerteza de quantas candidatas surgirão e nas adaptações necessárias nas instalações físicas para acomodar as futuras recrutas.