Copom indica manutenção da Selic em patamar elevado

Segundo informações divulgadas pelo órgão do Banco Central, há indicações de que a taxa de juros não sofrerá alterações durante a próxima reunião, permanecendo estável. Esse posicionamento sugere uma postura de manutenção por parte da instituição em relação aos índices de juros vigentes.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central Reprodução: https://www.cartacapital.com.br/

O mais recente comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) aponta que a taxa básica de juros, a Selic, provavelmente não sofrerá redução tão cedo, de acordo com a ata da última reunião do Banco Central (BC) divulgada nesta terça-feira, dia 24.

O documento se refere à reunião ocorrida na semana passada, na qual a Selic foi elevada para 15% ao ano. Essa alteração representa o sétimo aumento consecutivo no ciclo iniciado em setembro, levando a taxa ao seu nível mais alto desde julho de 2006. Sob a liderança de Gabriel Galípolo, foram promovidos quatro desses aumentos, totalizando um acréscimo de 4,5 pontos percentuais no período.

O Copom justificou sua decisão de elevar a Selic em 0,25 ponto percentual afirmando que a economia ainda demonstra resiliência, dificultando a convergência da inflação para a meta e demandando um aperto monetário mais vigoroso.

No entanto, o comunicado também sugere que essa trajetória de incrementos na taxa de juros poderá ser interrompida. O colegiado indicou que planeja “antecipar uma pausa no ciclo de elevação dos juros para avaliar os impactos acumulados que ainda estão por vir da política monetária”.

O Banco Central pretende analisar se os efeitos das medidas restritivas adotadas até o momento serão capazes de conter os preços e aproximar a inflação da meta de 3% ao ano. Em outras palavras, a estratégia é manter a taxa em 15% por um período prolongado, termo mencionado em cinco oportunidades no documento.

De acordo com o comunicado do Copom, é enfatizado que o Comitê permanecerá atento e que ajustes futuros na política monetária poderão ser realizados, sem descartar a continuidade do ciclo de aperto caso seja julgado apropriado. A autoridade monetária espera que os efeitos do aperto monetário se aprofundem nos próximos trimestres, resultando em menor atividade econômica e um possível arrefecimento do mercado de trabalho.

Diante desse panorama, a expectativa agora é observar como a política monetária implementada impactará a economia nos próximos meses, o que poderá influenciar nas decisões futuras relacionadas à taxa básica de juros.

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