Bienal do Livro do Rio de Janeiro eterniza Ziraldo com instalação artística e celebra sua genialidade na literatura e nas artes

No dia 12 de junho de 2025, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro prestará uma das maiores homenagens da história da literatura brasileira: a eternização de Ziraldo em uma grandiosa instalação artística, no Pavilhão 2, celebrando seu legado como um dos mais importantes autores e ilustradores do país.

Na imagem Ziraldo Alves Pinto com a representação de suas obras. (24/10/1932 - 06/04/2024)

Ziraldo Alves Pinto, mineiro de Caratinga, marcou gerações com sua criatividade, irreverência e talento múltiplo. Foi cartunista, jornalista, pintor, escritor e ativista cultural. Criou personagens que atravessam décadas com o mesmo frescor e impacto, como o Menino Maluquinho, Jeremias, Supermãe e, claro, a emblemática Turma do Pererê, a primeira revista em quadrinhos brasileira a cores totalmente produzida por um único autor.

Muito mais do que divertir, Ziraldo educou. Suas obras sempre carregaram uma profunda sensibilidade social, respeito à infância, valorização da cultura brasileira e amor pelas artes visuais. Com um traço inconfundível e um olhar poético sobre o cotidiano, construiu uma ponte duradoura entre a fantasia e a formação humana.

A instalação artística que marca sua eternização na Bienal conta com curadoria de Daniela Thomas, Adriana Lins e MIG Mendes, além de uma impactante obra de arte urbana assinada por garpam + super equipe, que transforma o espaço em uma verdadeira celebração visual da sua trajetória.

Entre os nomes que celebram essa homenagem está Millena Araújo, CEO da Editora Inteligência Educacional, que detém a Coleção Educação Climática com a Turma do Pererê. Em sua fala, ela destaca um dos muitos aspectos da genialidade de Ziraldo:

“Ziraldo é referência incontornável da literatura infantil brasileira, com obras que marcaram a educação e a cultura nacional. Com a Turma do Pererê, foi pioneiro ao abordar a preservação da natureza e a educação climática no Brasil já na década de 70 — décadas antes de a pauta entrar em fóruns globais como a COP 30. Unindo texto e ilustração, criou histórias que encantam e conscientizam. Seu trabalho mostra como a literatura pode formar cidadãos críticos desde a infância. Ziraldo permanece atual e essencial.”

Mais do que uma homenagem, a instalação representa um reconhecimento definitivo da importância de Ziraldo para a cultura nacional. Um artista que transcendeu gêneros e gerações — e que agora, através da Bienal, ganha um espaço físico permanente no imaginário do público leitor.