Petrobras analisa possível reajuste nos combustíveis
Em um recente relatório sobre a Petrobras (PETR4), a Santander Corretora analisa a possibilidade da estatal efetuar um reajuste nos preços dos combustíveis, considerando os descontos praticados de aproximadamente 7% para gasolina e 12% para diesel no mercado interno. Segundo o relatório, nos últimos dias houve um aumento de cerca de 10% na gasolina e 12% no diesel no Golfo do México, devido a eventos climáticos nos EUA e Europa, além de tensões geopolíticas como as sanções contra o Irã.
O Santander destaca que, apesar dessas variáveis, o câmbio se manteve estável em torno de R$ 6,10, ampliando a diferença entre os preços nacionais e internacionais. Desde os últimos ajustes de preços da Petrobras, a diferença em relação ao Índice de Preços ao Produtor (IPP) aumentou, com descontos de 7% na gasolina e 12% no diesel, segundo os analistas.
Para restabelecer as margens históricas (crack spreads), o Santander estima que a Petrobras precisaria reajustar os preços da gasolina e do diesel em 7% a 8%. Atualmente, o crack spread da gasolina está em torno de US$ 3 por barril, abaixo da média histórica de US$ 10/bbl, enquanto o diesel é de US$ 15/bbl, contra a média de US$ 22/bbl.
Apesar do panorama desafiador, com o mercado de gasolina com oferta elevada no Atlântico, o relatório aponta que a Petrobras pode estar vendendo próxima ao seu custo marginal. Quanto ao diesel, as margens são consideradas saudáveis, com o mercado de importação ativo, o que pode manter os preços estáveis.
No entanto, o Santander observa que o contexto atual apresenta desafios significativos para a política de preços da Petrobras, especialmente em meio à pressão inflacionária interna e à volatilidade do mercado internacional. A alta competitividade no mercado de diesel, com importadores mesmo diante de descontos, permite que a estatal mantenha os preços estáveis nesse segmento.
O comportamento da Petrobras nas próximas semanas será fundamental para avaliar o impacto desses fatores no mercado de combustíveis e nos resultados da companhia, conforme destaca o relatório da Santander Corretora.
Em um recente relatório divulgado pela Santander Corretora acerca da Petrobras (PETR4), foi levantada a possibilidade da estatal promover um reajuste nos preços dos combustíveis, devido aos descontos praticados de aproximadamente 7% para a gasolina e 12% para o diesel no mercado interno.
O relatório destaca que nos últimos dias os preços da gasolina e do diesel no Golfo do México aumentaram em torno de 10% e 12%, respectivamente. Esse aumento foi impulsionado por eventos climáticos severos nos Estados Unidos e na Europa, além de tensões geopolíticas relacionadas às sanções contra o Irã. No entanto, apesar desses fatores, o câmbio permaneceu estável em cerca de R$ 6,10, ampliando a diferença entre os preços domésticos e os praticados no mercado internacional.
Desde os últimos ajustes de preços da Petrobras — com o aumento de 7% na gasolina em julho de 2024 e a redução de 8% no diesel em dezembro de 2023 —, a defasagem em relação ao Índice de Preços de Paridade (IPP) se acentuou. Segundo os analistas, a gasolina está sendo vendida com um desconto de 7% e o diesel de 12%. Para retomar os níveis históricos de margens (crack spreads), o Santander estima que a Petrobras precisaria elevar os preços da gasolina e do diesel em 7% a 8%.
Atualmente, o crack spread da gasolina está em torno de US$ 3 por barril, abaixo da média histórica de 12 anos de US$ 10/bbl. Já o diesel apresenta US$ 15/bbl, frente à média histórica de US$ 22/bbl. Os analistas ponderam que, apesar disso, a gasolina enfrenta um cenário de oferta elevada no Atlântico, o que dificulta um aumento expressivo no curto prazo.
O relatório ressalta a possibilidade de a Petrobras ajustar os preços da gasolina, mas aponta que o aumento do ICMS sobre os combustíveis, programado para 1º de fevereiro, pode atrasar decisões nesse sentido, especialmente devido ao impacto na inflação. O documento ainda menciona que “os spreads da gasolina estão se aproximando do território negativo”, o que sugere que a estatal pode estar operando próxima de seu custo marginal. No caso do diesel, as margens ainda são consideradas saudáveis, e a atividade de importação pode manter os preços estáveis por enquanto.
Diante do cenário apresentado, o relatório destaca os desafios significativos que a Petrobras enfrenta em relação à sua política de preços, sobretudo diante da pressão inflacionária interna e da volatilidade dos mercados internacionais. A alta competitividade no mercado de diesel, com importadores ativos mesmo diante dos descontos em relação ao IPP, permite à estatal manter os preços estáveis nesse segmento. O Santander enfatiza que a maneira como a Petrobras se comportará nas próximas semanas será fundamental para determinar o impacto desses fatores no mercado de combustíveis e nos resultados da empresa.