Lula vai passar por cirurgia endovascular complementar

O Presidente será submetido a um procedimento de embolização da artéria meníngea média, com o objetivo de prevenir futuras hemorragias. Apesar de ser considerada uma intervenção simples, é importante ressaltar que o cuidado e a atenção pós-operatória são fundamentais para garantir uma recuperação rápida e eficaz.

Procedimentos aos quais Lula foi submetido estão relacionados com acidente doméstico que ele sofreu em outubro Foto: Reuters / BBC News Brasil Reprodução: https://www.terra.com.br/

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido a um procedimento complementar após a cirurgia realizada na segunda-feira (9/12) para tratar uma hemorragia intracraniana. De acordo com o boletim médico emitido pelo Hospital Sírio-Libanês na quarta-feira (11/12), Lula, que tem 79 anos, permanece sob cuidados intensivos e teve um dia positivo, sem intercorrências. Ele realizou fisioterapia, caminhou e recebeu a visita de familiares.

Neste contexto, o novo procedimento planejado é uma embolização de artéria meníngea média, marcado para a manhã de quinta-feira (12/12). Esse tipo de intervenção, chamada de “procedimento endovascular”, utiliza veias e artérias do corpo como caminho para tratar problemáticas específicas. É uma técnica minimamente invasiva que consiste na introdução de fios e cateteres através da pele, guiados por exames de imagem até a região alvo para realizar o tratamento necessário, como estancar hemorragias ou restabelecer a circulação sanguínea.

Tradicionalmente, essas intervenções têm vantagens como menor tempo de recuperação e menor risco de complicações em comparação com cirurgias convencionais. Evoluíram ao longo do tempo, sendo aplicadas em uma variedade de condições médicas, de infarto a câncer. No caso de Lula, a embolização da artéria meníngea média visa fechar o vaso sanguíneo para interromper o fluxo de sangue na região afetada, sem prejudicar o suprimento de oxigênio e nutrientes às células.

Importante salientar que este procedimento endovascular é uma etapa complementar no tratamento médico de Lula. A neurologista Sheila Martins, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, já havia alertado sobre a possibilidade dessa intervenção após o acidente doméstico sofrido pelo ex-presidente em outubro. Desde então, ele vinha sendo monitorado por especialistas devido ao diagnóstico da hemorragia intracraniana.

Após a craniotomia realizada em Brasília para drenar o hematoma decorrente do trauma na cabeça, Lula foi transferido para São Paulo, onde se recuperou da cirurgia sem complicações. No entanto, para prevenir novos episódios de vazamento sanguíneo, é necessário o procedimento vascular para fechar os vasos sanguíneos afetados. Dessa forma, evita-se a formação de novos hematomas no futuro e garante a saúde do paciente a longo prazo.

Às 10h da manhã, no horário de Brasília, está agendada uma coletiva de imprensa para atualizações sobre o estado de saúde de Lula e os detalhes da embolização programada para esta terça-feira (12/12). O acompanhamento médico é fundamental nestes casos delicados, visando proporcionar ao ex-presidente o melhor tratamento possível para sua plena recuperação.

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