Ministro do Trabalho garante: abono e seguro-desemprego seguros

O ministro Luiz Marinho afirmou que nunca foi chamado para participar de discussões com outros membros do governo a respeito da revisão de gastos, um tema que tem estado sob intensa pressão por parte do mercado financeiro durante a gestão de Lula.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante entrevista Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão Reprodução: https://www.terra.com.br/

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, fez declarações nesta quarta-feira (30/10), em Brasília, afirmando nunca ter sido consultado por outros membros do governo em relação à revisão de gastos, um tema que tem sido alvo de pressão por parte do mercado financeiro durante o governo Lula. O dólar chegou a atingir R$ 5,77 às 12h23 desta quarta-feira, refletindo essa tensão. Marinho enfatizou a inexistência de debates no Executivo sobre possíveis cortes nos recursos destinados a benefícios como o seguro-desemprego e o abono salarial.

O ministro ressaltou: “Se nunca foi discutido comigo, essas medidas não existem. Como responsável pela pasta do trabalho e emprego, esse debate simplesmente não está em pauta, a menos que o governo decida me demitir.” Diante da possibilidade de demissão, Marinho afirmou que “se eu for prejudicado, é uma possibilidade.” Ele deixou claro seu posicionamento afirmando que uma decisão tomada sem sua participação em sua área de atuação seria considerada uma agressão. Marinho também destacou que não teve conhecimento de qualquer ministro ter discutido o assunto de corte de gastos até o momento.

Marinho ainda mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reiterado que os recursos orçamentários serão buscados em áreas onde haja disponibilidade, e não em medidas que impactem diretamente os trabalhadores. Sobre o debate acerca dos cortes nos benefícios, o ministro enfatizou que ele está restrito a técnicos. Ele ressaltou que, na visão da gestão, o seguro-desemprego e o abono salarial não podem ser considerados simplesmente “gastos”, entendendo que cortes devem ser feitos apenas em despesas consideradas desnecessárias.

Ao abordar a questão das fraudes em políticas públicas, Marinho salientou que é dever de qualquer gestor combater essas práticas. Com isso, o ministro reforçou sua posição em relação à preservação dos benefícios trabalhistas e a importância de uma abordagem criteriosa em relação aos cortes de gastos.

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