Rogério Andrade é visto em festa de casamento antes de prisão
Um importante membro do crime organizado é investigado por supostamente ordenar o assassinato de seu rival, Fernando Ignácio, no mês de novembro de 2020. Ele foi detido durante uma operação realizada nesta terça-feira, dia 29/10/24.
Um dia antes de ser preso suspeito de ser o mandante do assassinato do contraventor Fernando Ignnácio, o bicheiro Rogério Andrade foi flagrado em imagens de uma festa de casamento ao lado da família. As fotos e vídeos foram compartilhados no perfil do Instagram da esposa de Rogério, Fabíola de Andrade, que é rainha de bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel. Nas imagens, o casal aparece caminhando em direção ao altar e depois dançando com os filhos durante a comemoração.
A prisão de Rogério Andrade ocorreu na manhã desta terça-feira (29/10), em sua residência na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em uma operação realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A ação foi motivada por uma nova denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-MPRJ), que aponta Rogério como o suposto mandante do crime que vitimou Fernando Ignnácio em novembro de 2020.
O bicheiro está prestando depoimento na Delegacia de Serviços Delegados (DDSD), na Cidade da Polícia. Além de Rogério Andrade, Gilmar Eneas Lisboa também está entre os alvos da operação. Esta não é a primeira vez que Andrade é acusado pelo crime: em março de 2021, ele já havia sido denunciado, mas a ação penal foi trancada em fevereiro de 2022 por falta de provas de seu envolvimento como mandante do assassinato.
Um novo Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi iniciado e identificou, segundo o Gaeco, a participação de outras pessoas na execução do crime, além de sucessivos conflitos entre os dois contraventores. A denúncia aponta que Lisboa monitorava a vítima até o momento do homicídio. Rogério Andrade e Fernando Ignnácio são respectivamente genro e sobrinho do contraventor Castor de Andrade, antigo chefe do jogo do bicho no Rio de Janeiro.
A acusação aponta que o crime ocorreu em um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, onde Ignnácio foi alvejado por três tiros, um deles na cabeça, ao desembarcar de um helicóptero. A denúncia também indica que Marcio Araujo de Souza, responsável pela segurança pessoal de Rogério Andrade, teria contratado os executores a mando do patrão. Dois dos acusados já haviam trabalhado como seguranças na escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, da qual Andrade é patrono.