Mais de 70 mil casas sem energia em SP devido a fortes chuvas e quedas de árvores
Segundo informações divulgadas pela Enel, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em mais de 56 mil residências na cidade no último período; enquanto isso, o Corpo de Bombeiros recebeu e atendeu a 51 chamados relacionados à queda de árvores.
A cidade de São Paulo e municípios da região metropolitana da capital enfrentaram novamente chuvas intensas e ventos fortes nesta última quarta-feira, dia 23 de outubro. Informações da concessionária Enel, cerca de 74,3 mil clientes da companhia ficaram sem energia elétrica, sendo 56,8 mil apenas na capital paulista, por volta das 20h. No entanto, até a meia-noite, o número de afetados diminuiu para aproximadamente 46,196 mil consumidores, dos quais 32,523 estavam localizados na cidade de São Paulo. Esta mesma atualização se mantem nesta manhã de quinta-feira, dia (24/10).
Relatos indicam que bairros como Vila Madalena, na zona oeste da cidade, tiveram ruas como Agisse e Luminárias sem energia elétrica, assim como a rua Alagoas, em Higienópolis, região central. Em locais como Pompeia, Perdizes e Butantã, também na zona oeste, e em áreas como República, Vila Buarque e Aclimação, na região central, o fornecimento de energia oscilou. A Enel afirmou que se pronunciará por meio de atualizações em seu site, fornecendo dados sobre o número de consumidores afetados.
Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registradas 51 ocorrências de queda de árvores, sem vítimas, até as 19h10, além de 13 chamados por pontos de alagamento e inundação, sem divulgação dos endereços afetados. A queda de árvores, que frequentemente danifica a fiação elétrica, está entre os principais motivos para a interrupção no abastecimento de eletricidade. Por volta das 17h53, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), ligado à Prefeitura de São Paulo, emitiu um alerta colocando toda a cidade em estado de atenção para alagamentos, especialmente nas regiões central, Vila Mariana e Aclimação, na zona sul.
As chuvas intensas, que podem se transformar em tempestades com ventos mais fortes, são resultados de um ciclone extratropical formado entre o Uruguai e a costa do Rio Grande do Sul, no Sul do Brasil. Moradores e comerciantes da Grande São Paulo temem um novo apagão semelhante ao ocorrido em 11 de outubro, quando mais de 3,1 milhões de clientes da Enel ficaram sem energia na região, impactando a semana seguinte também. A Defesa Civil do Estado de São Paulo afirmou que intensificará as ações de prevenção e monitoramento devido à previsão de chuvas e ventos com possíveis velocidades acima de 70 km/h no território paulista.
Está previsto que esses ventos fortes ocorram entre quinta-feira, dia (24/10), e sexta-feira, dia (25/10), levando a Defesa Civil a montar um gabinete de crise para lidar com a situação. Meteorologistas alertam que um sistema no Sul do Brasil cria condições para rajadas de vento intensas, especialmente nas regiões da Baixada Santista e Região Metropolitana de São Paulo. Por consequência, a Defesa Civil realizará ações preventivas nessas áreas, focando em lugares mais vulneráveis a deslizamentos, alagamentos e possíveis riscos de raios.