Boeing cortará 17 mil empregos globalmente
Os trabalhadores da organização estão paralisados em manifestação desde o mês de setembro, em busca de melhores condições de trabalho e benefícios.
Em um momento de extrema dificuldade financeira, a Boeing anunciou que irá demitir 17 mil funcionários em todo o mundo, o equivalente a 10% de sua atual força de trabalho. A empresa, que já enfrentava desafios, viu a situação se agravar devido a uma greve prolongada envolvendo cerca de 33 mil trabalhadores na costa oeste dos Estados Unidos. A necessidade de redução do quadro de funcionários foi justificada por Kelly Ortberg, CEO da Boeing, como uma medida para se ajustar à realidade financeira da empresa.
Ortberg afirmou que a companhia precisava alinhar a força de trabalho com as finanças e com um conjunto mais concentrado de prioridades. Segundo ele, nos próximos meses, está prevista uma redução de aproximadamente 10% no total de funcionários, incluindo executivos, gerentes e demais colaboradores. Além das demissões, a Boeing também comunicou o adiamento da entrega dos modelos 777X e o encerramento da produção do cargueiro 767 até 2027, medidas consideradas importantes para garantir a competitividade a longo prazo.
De acordo com Ortberg, essas ações são consideradas decisivas e fazem parte de mudanças estruturais essenciais para o negócio da empresa. Antes mesmo da greve e dos anúncios recentes, a Boeing já enfrentava um cenário complexo. Segundo informações da Reuters, a empresa espera uma receita de US$ 17,8 bilhões no terceiro trimestre deste ano, com uma previsão de perda de US$ 9,97 por ação e um fluxo de caixa negativo de US$ 1,3 bilhão, números que refletem a crise financeira pela qual a empresa está passando.