Macron apoia paralisação de envio de armas a Israel

Em um posicionamento recente, o presidente francês fez um apelo pela interrupção dos envios de armas destinadas ao conflito em Gaza, ressaltando a delicada situação na região. Além disso, enfatizou a importância de evitar que o Líbano siga o mesmo caminho de Gaza, destacando a necessidade de medidas para garantir a estabilidade e a paz na região.

O presidente francês, Emmanuel Macron. Foto: Benoit Tessier/POOL/AFP Reprodução: https://www.cartacapital.com.br/

O presidente francês Emmanuel Macron manifestou, neste último sábado (5), sua posição a favor do fim do fornecimento de armas a Israel para uso no conflito na Faixa de Gaza. Durante sua intervenção, Macron ressaltou a importância de buscar uma solução política para o problema, evitando assim o fornecimento de armamentos que contribuem para os combates na região. Vale destacar que a França não está entre os principais fornecedores de armas para Israel, tendo exportado apenas US$ 33 milhões em equipamentos militares no último ano, de acordo com o relatório anual do Ministério da Defesa.

Em contrapartida, países como Alemanha e Estados Unidos possuem números expressivos de exportação de armas para Israel, com valores de US$ 359 milhões e US$ 3 bilhões anuais, respectivamente. Nos últimos meses, na tentativa de conter a violência na região, nações como Espanha, Bélgica e Itália suspenderam suas exportações para Israel, ao passo que Canadá e Reino Unido impuseram limitações na venda de certos armamentos.

Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, vinculado ao grupo Hamas, mais de 40 mil palestinos já perderam suas vidas desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, desencadeado por uma ofensiva terrorista do grupo radical islâmico, resultando em cerca de 1.200 mortes em Israel. Em pronunciamento na rádio France Inter, Macron reforçou a necessidade de buscar soluções diplomáticas para o impasse na região, lamentando a falta de avanços após inúmeros esforços nesse sentido.

Além disso, o presidente francês expressou preocupação com a ofensiva terrestre realizada por Israel contra o grupo Hezbollah no Líbano, ressaltando a importância de evitar um agravamento da situação e preservar a vida dos cidadãos libaneses. No mesmo dia, milhares de manifestantes tomaram as ruas de Paris em uma manifestação que exigia um boicote a Israel por parte do governo francês, bem como um cessar-fogo imediato em Gaza. Com gritos de “Palestina livre” e “Israel assassino, Macron cúmplice”, os participantes enfatizaram a urgência de acabar com a violência na região e buscar soluções pacíficas para o conflito.

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