Ataques de Israel no Líbano causam quase 50 mortes
Em uma nova ofensiva, as forças de Israel anunciaram ter realizado ataques contra posições dos rebeldes huthis localizadas na região oeste do Iêmen.
O Exército de Israel desencadeou novos ataques contra o Hezbollah no Líbano, resultando em quase 50 vítimas fatais no domingo, dia (29/09). Essa ação ocorreu dois dias após a morte do líder do movimento islâmico libanês, Hassan Nasrallah, juntamente com dezenas de outros membros do grupo, em outro ataque. Israel também informou ter realizado ataques contra rebeldes houthis no oeste do Iêmen, em resposta à reivindicação desses insurgentes pró-Irã de terem lançado um míssil contra o aeroporto de Tel Aviv. Os bombardeios no Iêmen resultaram em quatro mortes, de acordo com informações dos meios de comunicação dos rebeldes iemenitas.
O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que “nenhum lugar está longe demais” para as ações de Israel, em um claro aviso decorrente dos bombardeios. O Exército israelense, visando pressionar o Hezbollah, uma milícia xiita pró-Irã, divulgou ter atingido 120 alvos no Líbano. Relatos da AFP destacaram explosões e colunas de fumaça nos subúrbios do sul de Beirute, reduto do Hezbollah, onde Nasrallah foi morto em um ataque israelense que destruiu vários edifícios.
No sul do Líbano, 24 pessoas faleceram em ataques próximos a Sidon, e no leste do país, ao menos 25 morreram, conforme informações do Ministério da Saúde libanês. Nas últimas 48 horas, 14 socorristas perderam a vida em decorrência dos ataques israelenses, de acordo com a mesma fonte. O Exército de Israel alegou ter eliminado mais de 20 membros do Hezbollah na última sexta-feira (27/09), juntamente com Nasrallah, no quartel-general subterrâneo situado sob edifícios civis.
O líder do movimento libanês, Nasrallah, era considerado uma figura poderosa no Líbano e sua morte representou uma significativa vitória para Israel em relação ao Irã e seus aliados. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, celebrou o evento afirmando que o Hezbollah pagou por suas ações contra cidadãos israelenses e de outros países. O Irã prometeu retaliar a morte de um importante comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, que também foi vítima do ataque.
Em meio aos conflitos, milhares de pessoas foram deslocadas nos territórios afetados. O Papa Francisco destacou a imoralidade de ações excessivas em resposta a ataques, e o Irã pediu uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para evitar uma escalada para uma guerra total na região. O Programa Mundial de Alimentos anunciou uma operação de emergência para ajudar um milhão de pessoas impactadas pela violência no Líbano.
Especialistas ponderam sobre a reação do Hezbollah e seu arsenal de mísseis diante da intensificação do conflito com Israel, que busca restabelecer a segurança na região norte do país. A Crise Internacional destaca a importância da movimentação do Hezbollah neste cenário. A situação, marcada por confrontos na Faixa de Gaza e a resposta do Hezbollah, evidencia a gravidade do conflito e suas possíveis ramificações para a região.