Documentário premiado com Hélio Oiticica e Jards Macalé disponível para assistir

Em um curta-metragem, somos transportados para a atmosfera efervescente dos anos 1970, explorando de forma íntima e intensa a convivência entre dois renomados artistas. Nessa obra cinematográfica, somos convidados a mergulhar nas relações, nos conflitos e nas conexões que marcaram a trajetória desses artistas durante essa década icônica. O filme traz à tona não apenas a parceria artística entre eles, mas também as sutilezas e nuances das suas interações, revelando aspectos profundos e fascinantes sobre a vida e obra desses personagens tão emblemáticos.

Foto: Divulgação Reprodução: https://www.cartacapital.com.br/

Macaléia foi reconhecida com prêmios neste ano em dois importantes festivais de cinema do Brasil: o Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro e o 31º Festival de Cinema de Vitória. Além disso, no renomado Prêmio Grande Otelo 2024, que é um dos principais do cinema nacional, o curta-metragem foi um dos finalistas, ao lado de outras quatro obras.

O filme dirigido por Rejane Zilles tem se destacado por sua virtuosidade. Atualmente, está em exibição no 35º Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo e pode ser acessado gratuitamente no Sesc Digital até o próximo domingo, dia (22/09).

A obra cinematográfica aborda o convívio nos anos 1970 entre duas personalidades marcantes da arte brasileira: o cantor e compositor Jards Macalé e o artista plástico e performático Hélio Oiticica. Ambos são conhecidos por atuarem com experimentalismo e criatividade, sendo considerados figuras anárquicas no meio artístico.

O título do filme faz referência à forma como Hélio Oiticica chamava Macalé. A narrativa do documentário é conduzida por uma grande festa realizada em 1978 pelo músico, com a ambientação e ousadia característica de Oiticica.

O filme retrata as experiências musicais em conjunto e as andanças de Oiticica, mostrando a liberdade artística compartilhada por ele e Macalé. Além disso, destaca a irreverência que ambos cultivavam em seus trabalhos.

A partir da festa emblemática, o curta-metragem mergulha nas origens da parceria entre Macalé e Oiticica, remontando ao show de Gal Costa em 1970 no qual Hélio Oiticica foi responsável pela cenografia e Jards Macalé pela direção musical.

O documentário evidencia o processo criativo dos artistas e as reflexões sobre a música, fornecendo insights valiosos para compreender a trajetória de Jards Macalé, que continua ativo no cenário musical, lançando discos e realizando shows.

Com uma linguagem visual consistente, o filme apresenta imagens marcantes e utiliza cortes bem planejados que remetem à época abordada. Além disso, traz depoimentos reveladores de Macalé sobre seu amigo, enriquecendo a narrativa. Trata-se de um projeto cinematográfico que, embora não tenha grandes ambições, é bem-sucedido em transmitir a mensagem desejada ao espectador.

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