Ex-presidente peruano Alberto Fujimori falece aos 86 anos

Um ex-líder político, sentenciado a cumprir 25 anos de prisão por violar os direitos humanos e se envolver em atos de corrupção, estava lidando com questões de saúde delicadas, incluindo problemas cardíacos e um tratamento contínuo contra um câncer.

Alberto Fujimori, ex Foto: presidente do Peru, morreu aos 86 anos - X/Reprodução / Perfil Brasil Reprodução: https://www.terra.com.br/

Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru, faleceu aos 86 anos, conforme comunicado de sua filha Keiko nesta quinta-feira feira (12/09). Em um post emocionado, Keiko anunciou o falecimento de seu pai após uma luta contra o câncer. Em suas palavras, ela convidou aqueles que admiravam Fujimori a se unirem em uma oração pela alma do ex-presidente. A mensagem finalizou com um agradecimento e a assinatura da família Fujimori, incluindo Hiro, Sachie e Kenji.

Fujimori, que havia sido condenado a 25 anos por crimes de direitos humanos e corrupção, enfrentava problemas cardíacos. Sua saúde fragilizada resultou em hospitalizações devido a complicações como pressão arterial grave. De ascendência japonesa, Fujimori ascendeu ao poder em 1990, surpreendendo ao derrotar o renomado escritor Mario Vargas Llosa nas eleições. Seu governo foi marcado por reformas neoliberais e por um episódio controverso em 1992, conhecido como “autogolpe”, no qual ele fechou o Congresso e suspendeu a constituição.

Divorciado de sua esposa Susana Higuchi em 1994, Fujimori nomeou sua filha Keiko como primeira-dama. Nos primeiros anos de governo, desfrutou de alta popularidade, sendo reeleito facilmente em 1995. No entanto, sua imagem começou a se desgastar à medida que críticos o acusavam de autoritarismo. Em 2009, ele foi condenado por liderar o massacre de 25 pessoas durante a luta contra o grupo terrorista Sendero Luminoso.

Em um gesto surpreendente, o então presidente Pedro Pablo Kuczynski concedeu perdão a Fujimori em 2017 por razões de saúde. No entanto, a Suprema Corte peruana anulou o perdão em 2018, gerando controvérsias e levando a renúncias no governo. A justificativa para o perdão foi a condição de saúde do ex-presidente, que sofria de uma doença progressiva e incurável, de acordo com avaliação médica.

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