Dólar mantém estabilidade com influência de commodities e inflação EUA
O dólar encerrou a quarta-feira com leve variação em relação ao real, refletindo a volatilidade do mercado que reagiu aos dados de inflação dos Estados Unidos e ao avanço das commodities no cenário internacional. O dólar à vista fechou em queda de 0,10%, cotado a 5,6498 reais, acumulando alta de 0,24% no mês de setembro. Esse movimento foi impactado pelo índice de preços ao consumidor nos EUA, que subiu 0,2% em agosto, ficando abaixo das expectativas dos economistas consultados pela Reuters.
Em uma sessão marcada pela volatilidade, o dólar à vista encerrou esta quarta-feira próximo da estabilidade em relação ao real, influenciado tanto pelos dados de inflação dos EUA quanto pelo avanço das commodities no mercado internacional.
O dólar à vista fechou com leve queda de 0,10%, sendo cotado a 5,6498 reais, acumulando uma alta de 0,24% no mês de setembro. Por volta das 17h05, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento registrava queda de 0,24%, com o valor de 5,6625 reais na venda.
O destaque do dia foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, que teve uma alta de 0,2% em agosto, após avançar 0,2% no mês anterior, de acordo com o Departamento do Trabalho. Em relação aos últimos 12 meses até agosto, o índice apresentou um avanço de 2,5%. Especialistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,2% no mês e de 2,6% na base anual.
A partir desses dados, o dólar fortaleceu-se em relação a outras moedas estrangeiras, diante da percepção de que aumentaram as chances de redução de juros pelo Federal Reserve em apenas 25 pontos-base na próxima semana, e não de 50 pontos-base.
No mercado brasileiro, o dólar chegou a atingir a cotação mínima do dia após a divulgação do CPI, impulsionado pelo avanço consistente das commodities, como minério de ferro e petróleo, dois produtos de relevância para as exportações do Brasil. Além disso, o robusto crescimento da moeda norte-americana em relação ao real no dia anterior, acima de 1%, abriu espaço para algum ajuste técnico.
Contudo, com o dólar ganhando força no exterior, as cotações no Brasil também apresentaram alta durante o fim da manhã. Após atingir a mínima de 5,6068 reais (-0,86%) às 10h11, o dólar à vista alcançou o máximo de 5,6750 reais (+0,35%) às 11h54. No período da tarde, a moeda dos EUA oscilou entre estabilidade e leves quedas em relação ao real no mercado nacional.
Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, observou que o CPI confirmou a expectativa de corte de juros em 25 pontos-base pelo Fed na reunião da próxima semana, o que impulsionou ligeiramente o dólar, embora essa possibilidade já estivesse em consideração. Com o avanço das commodities, o dólar voltou a recuar em relação ao real.
Apesar do suporte proporcionado pelas commodities à moeda brasileira, o real teve um dos desempenhos mais fracos em comparação com outras moedas nesta quarta-feira. Enquanto isso, às 17h14, o índice do dólar, que avalia o desempenho da moeda dos EUA em relação a uma cesta de seis moedas fortes, registrava uma alta de 0,07%, atingindo 101,710.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional disponíveis em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024. Já no período da tarde, o BC informou que o Brasil registrou um fluxo cambial total negativo de 1,010 bilhão de dólares em setembro até o dia (6/09), com saídas líquidas de 559 milhões de dólares pelo canal financeiro e de 451 milhões de dólares pelo canal comercial.