Acordos com servidores impactam Orçamento de 2025 em R$ 16 bi, afirma governo
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Gestão, foram estabelecidos recentemente 45 acordos com representantes de diferentes segmentos do setor público. Esses acordos têm como objetivo principal a solicitação de reposição salarial e a reestruturação de carreiras dos servidores públicos envolvidos.
BRASÍLIA – Os acordos firmados entre o governo Lula e os servidores públicos federais, com o objetivo de promover reposição salarial e reestruturação de carreiras, terão um impacto orçamentário de R$ 16 bilhões no próximo ano. A informação foi divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável por liderar as negociações com essas categorias.
De acordo com comunicado emitido nesta segunda-feira, 2, pelo ministério, após a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025 ao Congresso Nacional, foram estabelecidos 45 acordos com representantes de diversos segmentos do serviço público. O MGI destacou o esforço em valorizar os servidores federais, garantindo que 98,2% da força de trabalho do governo terá reposição salarial e reestruturação de carreiras.
Apesar do impacto financeiro de R$ 16 bilhões, o ministério ressaltou que o montante total da folha de pagamento do Executivo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) é menor se comparado ao último ano do governo anterior. Em 2022, a folha representava 2,68% do PIB, caindo para 2,61% em 2023 e 2,48% em 2024, e projetando-se em 2,59% para o ano seguinte.
Além dos acordos nas mesas de negociação específicas, o diálogo com os servidores resultou em um reajuste linear de 9% concedido a todos os servidores em 2023, juntamente com o aumento no auxílio-alimentação. Já em 2024, o auxílio-alimentação teve novo reajuste, passando de R$ 658 para R$ 1.000 (aumento de 52%); aumento de 51,1% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar, e de 51,1% na assistência pré-escolar, que passou de R$ 321 para R$ 484,90 para todos os servidores federais.
Para o secretário de Relações do Trabalho, José Lopez Feijóo, as negociações conduzidas nas mesas específicas foram positivas dentro dos limites orçamentários estabelecidos, contemplando grande parte das reivindicações dos servidores. Ele ressaltou que essas demandas estavam acumuladas por um longo período sem reajustes. Apesar de reconhecer que as reivindicações são maiores do que o resultado obtido nos acordos, Feijóo afirmou que todos os acordos foram benéficos, pois repõem a inflação do período e incluem um aumento real.