Aposentados brasileiros buscam qualidade de vida no exterior

Migrar para um novo país exige uma cuidadosa organização não apenas financeira, mas também tributária e cultural. Para garantir uma transição tranquila e bem-sucedida, é fundamental considerar esses aspectos com antecedência, a fim de evitar surpresas desagradáveis e facilitar a adaptação ao novo ambiente. Portanto, é imprescindível um planejamento minucioso em todas essas áreas para garantir uma imigração bem-sucedida.

Foto: Freepik Reprodução: https://www.terra.com.br/

Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento saudável, a aposentadoria deixou de ser apenas uma fase de descanso e passou a ser encarada como um momento para aproveitar a vida e desfrutar dos frutos conquistados ao longo dos anos de trabalho. Nesse cenário, tem crescido o número de aposentados brasileiros que optam por viver no exterior. De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE), estima-se que cerca de 5 milhões de brasileiros residam fora do país atualmente.

As motivações para deixar o Brasil e os destinos escolhidos pelos aposentados são diversos, mas todos buscam uma melhor qualidade de vida, segurança e custo de vida mais acessível. A advogada internacionalista especializada em planejamento migratório, Rita Silva, destaca a importância de considerar diversos fatores antes de tomar a decisão de imigrar. Segundo ela, é fundamental avaliar questões como cultura, idioma, acesso a serviços de saúde e facilidade na obtenção de vistos. Além disso, é essencial verificar se o Brasil possui acordos bilaterais ou multilaterais com o país de destino, o que pode facilitar questões tributárias.

Uma consultoria de recolocação profissional, a Moving to Spain, divulgou um ranking com os melhores países europeus para viver a aposentadoria, considerando diversos critérios. Entre os oito fatores analisados, estavam o custo de imóveis, facilidade na obtenção de vistos permanentes, despesas mensais, qualidade dos serviços de saúde, entre outros. Rita Silva ressalta que, embora o ranking tenha focado em países europeus, é possível encontrar locais que atendam às necessidades dos aposentados e ofereçam benefícios fiscais em relação ao Brasil.

A Europa é uma das regiões mais procuradas pelos brasileiros para viver a aposentadoria, devido à relativamente fácil adaptação, principalmente devido à presença de muitas famílias imigrantes brasileiras. Rita destaca a vantagem da livre circulação entre os países membros da União Europeia, que dispensa a necessidade de visto ou passaporte para viagens dentro do bloco. Entre os melhores países elencados estão Itália, Portugal e Espanha, devido à proximidade cultural e linguística com o Brasil, além das estruturas de saúde bem avaliadas.

Grécia e França também são considerados destinos interessantes para os aposentados, embora enfrentem desafios de adaptação devido à barreira do idioma. A maioria dos países europeus, incluindo os citados pela advogada Rita Silva, possui acordos previdenciários com o Brasil, garantindo direitos de seguridade social aos trabalhadores e seus dependentes. Tais acordos oferecem, por exemplo, assistência médica aos segurados em viagens ao exterior.

Além de considerar aspectos culturais, linguísticos e tributários, é fundamental que o imigrante aposentado tenha uma reserva financeira para garantir segurança em casos de emergência. Segundo Rita Silva, é importante também saber como aproveitar da melhor forma a aposentadoria mensal, podendo contar com o auxílio de um especialista em finanças nesse planejamento. Essas precauções são essenciais para uma transição tranquila e bem-sucedida para viver no exterior na terceira idade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *