Rio Grande do Norte assina contrato inédito para venda de hidrogênio verde
Até o ano de 2030, estão previstos investimentos na ordem de 40 milhões de reais em tecnologia. Esse aporte financeiro será direcionado para impulsionar o desenvolvimento de projetos inovadores e aprimorar a infraestrutura tecnológica existente.
O Brasil celebrou um marco histórico nesta quinta-feira, 22, com a assinatura do primeiro contrato de comercialização de hidrogênio verde do país. A parceria foi estabelecida entre a CPFL Energia e a Mizu Cimentos, com o apoio estratégico do governo do Rio Grande do Norte e do Consórcio Nordeste. Este acordo representa um avanço significativo rumo à transição energética, com foco na produção de hidrogênio verde para a indústria do cimento. Os investimentos em tecnologia para esse fim estão estimados em 40 milhões de reais até o ano de 2030.
O projeto prevê a instalação de uma unidade piloto que será responsável pela produção do hidrogênio verde. Essa unidade utilizará energia renovável e terá como destino os fornos rotativos da empresa de cimento, localizados em Baraúna, cidade situada a cerca de 300 quilômetros de Natal, na divisa com o estado do Ceará. A formalização dessa parceria representa o desdobramento de um memorando de entendimento assinado no ano anterior, em novembro.
Durante o evento de assinatura, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), enfatizou a importância desse projeto para a reindustrialização do Brasil, em especial da região Nordeste. Ela destacou que o hidrogênio verde desempenha um papel fundamental na descarbonização da economia e no enfrentamento dos desafios climáticos. O início das operações desse empreendimento piloto está programado para o ano de 2027, inserindo-se em um contexto no qual os estados nordestinos se destacam pela geração de energia renovável – mais de 85% da energia limpa do país é produzida nessa região, com ênfase especial para o Rio Grande do Norte.
A governadora ressaltou o potencial extraordinário que o estado e a região possuem para a produção de hidrogênio verde, vislumbrando-o como a espinha dorsal de uma nova economia industrial. Ela destacou a oportunidade de o Brasil não apenas suprir suas necessidades energéticas de maneira sustentável, mas também posicionar-se como um dos principais produtores globais de hidrogênio verde. Este investimento não apenas traz benefícios econômicos, mas também sinaliza um compromisso com a sustentabilidade e a inovação no setor energético nacional.