Lula escolherá presidente do BC e planeja conversar com Pacheco sobre sabatina

O ministro afirmou que a responsabilidade pelo anúncio do indicado é exclusiva do presidente.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad Reprodução: https://www.cnnbrasil.com.br

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (13) que a escolha do próximo presidente do Banco Central (BC) se tornou uma prioridade para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Haddad salientou que Lula pretende discutir com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, a questão da sabatina, levando em consideração o calendário eleitoral, visando garantir que o indicado seja sabatinado durante os esforços concentrados que antecedem as eleições municipais.

Quanto à identidade do indicado, o ministro ressaltou que cabe exclusivamente a Lula fazer o anúncio. A definição da data da sabatina e a divulgação do nome também dependem da comunicação entre Lula e Pacheco. Haddad especulou que tais ações devem ocorrer nas próximas semanas, conforme comunicou aos jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda.

Dentre os possíveis candidatos para a presidência do BC, destaca-se o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Declarações recentes de Galípolo sugerem a necessidade de maior exposição e atuação por parte do diretor, alimentando a ideia de que a escolha já está definida no círculo de Lula. As fontes próximas ao presidente indicam que a decisão já foi tomada.

Perguntado sobre a hipótese de o BC elevar a taxa Selic, Haddad ressaltou que a competência para tal decisão não é do Ministério da Fazenda, mas dos nove diretores da autarquia. Ressaltou a complexidade da decisão, visto que impactos nos preços não são imediatos e requerem análise de diversas variáveis, como comportamento de outros bancos centrais, diferenciais de juros e impactos cambiais. Destacou que elevar os juros nem sempre é a melhor opção, podendo ser mais adequado manter o patamar existente.

Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por manter a Selic em 10,5%. Os diretores sinalizaram maior cautela para o futuro, o que sugere uma possível elevação dos juros. Campos Neto, presidente do BC, reforçou a possibilidade de aumentar os juros para atingir a meta de inflação, contando com o apoio dos quatro diretores indicados por Lula.

Haddad citou movimentações de outros bancos centrais, como o aumento de juros no Japão e a postergação de cortes nos Estados Unidos, para contextualizar o cenário brasileiro. Enfatizou a importância do crescimento econômico aliado ao controle da inflação, destacando a necessidade de considerar diversas variáveis ao tomar decisões sobre política monetária e comportamento de preços.

As informações foram fornecidas por Cristiane Noberto e Clarissa Oliveira, da CNN, e reafirmam a importância das definições relacionadas à presidência do Banco Central e suas repercussões na economia brasileira.

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