Ataque ucraniano em Kursk é confirmado por vídeo
Rússia reforça presença militar em Kursk em resposta a incursão ucraniana
Nesta sexta-feira, a Rússia deslocou mais tanques, artilharia e sistemas de foguetes para a região de Kursk, no sul do país, em meio aos confrontos com as forças ucranianas que entraram na área nos últimos quatro dias consecutivos. Um vídeo divulgado nas redes sociais, verificado pela Reuters, mostrou um comboio de aproximadamente 15 caminhões militares russos incendiados e espalhados em uma rodovia na região de Kursk, com relatos de corpos no local.
As forças ucranianas atravessaram a fronteira na última terça-feira, surpreendendo as tropas russas após meses de avanços gradativos do Exército de Moscou no leste da Ucrânia. A situação tem levado políticos e militares a caracterizarem a ação como uma “invasão” por parte da Ucrânia, quase dois anos e meio após a Rússia iniciar sua própria intervenção no país vizinho.
Após o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, informar ao presidente Vladimir Putin que o avanço ucraniano havia sido contido, o Ministério da Defesa russo afirmou que suas forças seguem repelindo a tentativa de invasão por parte das Forças Armadas da Ucrânia no território russo. Colunas de reforço, equipadas com sistemas de foguetes Grad, artilharia e tanques, foram enviadas para a região de Kursk, de acordo com a agência de notícias Interfax.
Enquanto o Exército ucraniano permanece em silêncio sobre a ofensiva, o presidente Volodymyr Zelenskiy elogiou a capacidade de seu Exército em “surpreender” e obter resultados. O analista de guerra terrestre Ben Barry, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), ressaltou que a Ucrânia conseguiu expor deficiências russas no campo de batalha, questionando a eficácia da inteligência, vigilância e reconhecimento da Rússia.
Os detalhes sobre a destruição dos caminhões militares russos continuam obscuros, com alegações de que teriam sido atingidos por um sistema de foguetes HIMARS, supostamente fornecidos pelos Estados Unidos. Enquanto blogueiros russos responsabilizam um suposto ataque com o HIMARS, a Reuters não conseguiu corroborar a informação. Além disso, o Ministério da Defesa da Rússia divulgou um vídeo que, segundo eles, mostra um drone destruindo equipamentos ucranianos próximo à cidade de Sudzha, cuja veracidade ainda não foi confirmada.
A Rússia deslocou mais tanques, artilharia e sistemas de foguetes para a região de Kursk, no sul, nesta sexta-feira, em resposta a uma inesperada incursão das forças ucranianas que já dura quatro dias consecutivos.
Em evidências recentes dos danos causados desde o início da ofensiva ucraniana, um vídeo divulgado nas redes sociais e verificado pela Reuters mostra um comboio de aproximadamente 15 caminhões militares russos em chamas e espalhados ao longo de uma rodovia na região de Kursk, com alguns deles contendo corpos.
As tropas ucranianas cruzaram a fronteira na última terça-feira, surpreendendo as forças russas após meses de avanços gradualmente conquistados pelas forças de Moscou no leste da Ucrânia.
Políticos e militares têm se referido a essa ação como uma “invasão” ucraniana, quase dois anos e meio após a Rússia ter iniciado sua própria incursão contra o vizinho.
Dois dias após o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, informar ao presidente Vladimir Putin que o avanço havia sido contido, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que suas forças “continuam a repelir uma tentativa de invasão das Forças Armadas da Ucrânia em território russo”.
A agência de notícias Interfax divulgou informações do ministério indicando que a Rússia estava enviando colunas de reforço, incluindo sistemas de foguetes de múltiplas lançamentos Grad, artilharia e tanques.
O Exército ucraniano manteve silêncio sobre a ofensiva, embora o presidente Volodymyr Zelenskiy tenha elogiado suas tropas na quinta-feira por sua capacidade de “surpreender” e obter resultados, sem mencionar explicitamente Kursk.
Ben Barry, analista de guerra terrestre do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), destacou que, embora os objetivos estratégicos possam não ser claros, a Ucrânia expôs deficiências da Rússia e desafiou a sabedoria convencional da guerra, que considerava o campo de batalha “transparente” e nenhum lado capaz de avançar sem sofrer pesadas baixas.
“Eles conseguiram um nível de surpresa que sugere que a capacidade russa em inteligência, vigilância e reconhecimento é inadequada”, afirmou Barry em entrevista por telefone.
Um canal ucraniano no Telegram que publicou o vídeo dos caminhões militares russos destruídos alegou que eles foram atingidos por um sistema de foguetes HIMARS, fornecido pelos Estados Unidos.
Blogueiros russos também atribuíram a culpa a um ataque com o HIMARS e um deles mencionou que a pessoa responsável por ordenar a movimentação dos veículos militares em colunas expostas seria um “babaca” que merecia ser fuzilado.
A Reuters não conseguiu confirmar como os caminhões foram destruídos. O MASH, veículo de notícias russo com contatos nos serviços de segurança, informou que o vídeo foi filmado por um morador local e encaminhado ao canal ucraniano, sendo posteriormente preso sob suspeita de espionagem.
O Ministério da Defesa da Rússia divulgou seu próprio vídeo que, de acordo com o órgão, mostrava um drone destruindo um tanque e um obus ucranianos próximo à cidade de Sudzha, mas a Reuters não conseguiu verificar a localização mencionada.