Muhammad Yunus, Nobel, volta a Bangladesh para governo temporário
O renomado ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, retornou a Bangladesh comovido nesta quinta-feira, assumindo a liderança de um novo governo interino. Sua chegada a Daca, após tratamento médico em Paris, ocorre em meio a um cenário intenso de protestos estudantis que culminaram na renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina e sua fuga para a Índia.
Yunus, crítico ferrenho de Hasina, foi aclamado pelos manifestantes para assumir o papel de liderança no governo provisório encarregado de conduzir o país por um período até a realização de eleições para um novo líder. Emocionado, o economista expressou sua esperança no futuro de Bangladesh, mencionando a importância dos estudantes na luta pela democracia. Ele ressaltou a bravura dos manifestantes e homenageou aqueles que sacrificaram suas vidas pela causa.
Recebido por autoridades militares e líderes estudantis no aeroporto, Yunus fez um apelo à união e solidariedade entre os cidadãos e autoridades do país, destacando a importância de seguirem juntos em direção a um futuro mais promissor. Sua trajetória como “banqueiro dos pobres” e vencedor do Nobel da Paz em 2006 por suas contribuições à luta contra a pobreza foi fundamental para sua indicação como líder do governo interino.
Além disso, jovens líderes estudantis como Nahid Islam e Asif Mahmud, que estiveram à frente dos protestos, foram anunciados como integrantes desse novo governo interino. A exclusão do partido Liga Awami, de Hasina, sinaliza um novo capítulo na história política de Bangladesh, após semanas de violentos confrontos que resultaram em vítimas fatais e feridos.
Esse novo capítulo na política do país traz consigo não apenas desafios, mas também a esperança de uma transição pacífica e democrática. Com Yunus à frente desse governo interino, a população de Bangladesh se vê diante de uma oportunidade única de reconstrução e progresso, sob a liderança de um ícone reconhecido mundialmente por suas contribuições humanitárias e sociais.
O renomado ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, recebeu uma calorosa recepção ao retornar a Bangladesh nesta quinta-feira. Em um cenário de intensos protestos estudantis que resultaram na renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina e sua fuga para a vizinha Índia, Yunus retornou ao país com grande emoção para assumir a liderança de um novo governo interino.
Yunus, de 84 anos, crítico contundente de Hasina, desembarcou em Daca após passar por tratamento médico em Paris. Os manifestantes, que o apoiaram para uma posição no governo provisório encarregado de conduzir eleições para um novo líder, foram fundamentais em seu retorno. Emocionado, Yunus expressou otimismo em relação ao futuro do país, declarando aos repórteres no aeroporto que Bangladesh tem o potencial de se tornar uma nação exemplar.
O economista, também conhecido como o “banqueiro dos pobres” devido ao seu trabalho pioneiro na luta contra a pobreza através de pequenos empréstimos, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006. Sua chegada foi marcada por um discurso comovente, no qual mencionou um estudante que teria sido baleado durante os protestos, ressaltando a importância de honrar o sacrifício daqueles que lutaram pela mudança.
Yunus ressaltou a necessidade de união e colaboração entre os diversos setores da sociedade, convocando funcionários do governo e líderes de defesa a seguirem em direção a um futuro comum. Sua posse como chefe de uma equipe de conselheiros ocorreu na residência oficial do presidente Mohammed Shahabuddin. Além disso, Nahid Islam e Asif Mahmud, jovens líderes estudantis envolvidos nos protestos, foram anunciados como integrantes do governo interino.
Com a ausência do partido Liga Awami, liderado por Hasina, no novo governo provisório, a política em Bangladesh passa por um momento de transição após semanas turbulentas que resultaram em conflitos violentos, vitimando cerca de 300 pessoas e ferindo milhares. A nomeação de Yunus e a inclusão de jovens líderes prometem uma nova fase política no país, com a esperança de reconstruir e avançar para um futuro mais promissor.