Filme “O Sexto Sentido” completa 25 anos: reprise finais inesperados de M. Night Shyamalan
Em agosto de 1999, o aguardado filme mais marcante do renomado cineasta teve sua estreia nos cinemas dos Estados Unidos, marcando o início de uma jornada cinematográfica que cativaria o público e se tornaria uma obra icônica da sétima arte.
Embora nenhuma certeza possa ser garantida, é praticamente certo que os filmes de M. Night Shyamalan sempre reservem um desfecho inesperado. Desde o impacto causado por “O Sexto Sentido” em 1999, com sua reviravolta que marcou época, o público aprendeu a esperar o imprevisível do cineasta. Mesmo quando suas produções podem parecer falhas ou desajustadas, a experiência de assistir aos seus filmes muitas vezes traz uma satisfação peculiar, como foi o caso de seu mais recente lançamento, “Trap”, que dividiu opiniões entre ser chamado de “idiota” e divertido.
Com o 25º aniversário de “O Sexto Sentido” na terça-feira (6), data que também marca o 54º aniversário de Shyamalan, vale a pena relembrar as reviravoltas tortuosas presentes em suas obras, desde as mais ridículas até as mais incríveis. Um exemplo é o filme “Fim dos Tempos”, cujo desfecho revela uma surpreendente conexão entre as árvores e os eventos misteriosos que assolam a trama, sem contudo alcançar o impacto desejado.
Já em “A Dama na Água”, apesar do elenco talentoso liderado por Paul Giamatti, a narrativa se perde em um enredo sem sentido, deixando os espectadores desconcertados com a presença bizarra do próprio Shyamalan em um papel chave. Enquanto isso, em “Tempo”, a promessa de um conceito intrigante acaba se perdendo em uma execução monótona, frustrando as expectativas criadas pelo cenário apocalíptico da trama.
O cineasta desafia as convenções em “A Vila”, trazendo uma reviravolta inesperada que divide opiniões e revela o risco assumido por Shyamalan ao interferir diretamente no desfecho da história. Por outro lado, em “Fragmentado”, a conexão com “Corpo Fechado” resulta em um movimento audacioso que surpreende o público, mas a sequência com “Vidro” acaba se mostrando complicada.
Em “Sinais”, Shyamalan entrega um thriller de invasão alienígena que, mesmo sem finais surpreendentes, se destaca pela atuação brilhante do elenco e pelo ritmo envolvente da narrativa. Já em “Knock at the Cabin”, o diretor retorna com uma abordagem bíblica que funciona de maneira impressionante, oferecendo um desfecho memorável para a trama.
“The Visit” surpreende com uma reviravolta simples, porém impactante, que eleva o filme a outro nível, apesar de excessos desnecessários em sua conclusão. Por fim, “O Sexto Sentido” permanece como um marco do cinema, não apenas pela atuação brilhante do elenco, mas principalmente pela revelação final que ainda emociona e surpreende o público até hoje.
Vale ressaltar que esta lista não inclui obras como “Devil”, “The Last Airbender” e “After Earth”, que embora tenham conexão com Shyamalan, não foram dirigidas ou escritas por ele. O legado do cineasta continua a desafiar as expectativas do público e a garantir que seus finais sempre reservem surpresas inesquecíveis.