Boulos e Nunes: Propostas para escolas cívico-militares em SP

Durante uma sabatina em educação promovida pelo Centro do Professorado Paulista, os postulantes a Prefeito de São Paulo expressaram suas opiniões sobre o tema em discussão.

Boulos X Nunes. Fotos: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados e Rovena Rosa/Agência Brasil Reprodução: https://www.cartacapital.com.br/

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, enfatizou que, caso seja eleito, não irá aderir ao programa de escolas cívico-militares na cidade. Sua postura contrasta com a posição adotada pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição. Durante sua participação em uma sabatina promovida pelo Centro do Professorado Paulista, Boulos criticou veementemente a proposta das escolas cívico-militares, classificando-a como um sinal do fracasso educacional. Para ele, a inclusão de militares na função de ensino vai de encontro ao papel essencial dos professores, que são insubstituíveis nessa missão.

Segundo Boulos, a introdução do debate sobre escolas militares em pleno século XXI reflete um desalinhamento no rumo da educação. Ele ressaltou que, embora o militar tenha sua importância na segurança pública, não é adequado designá-lo para o papel de educador. O pré-candidato foi incisivo ao afirmar que, sob sua gestão, não haverá espaço para escolas militares na cidade de São Paulo, destacando a primazia do professor na formação das crianças e jovens.

Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já havia manifestado anteriormente o interesse em adotar o modelo de escolas cívico-militares na cidade, alinhando-se com a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o estado. Em sua participação na sabatina do CPP, o prefeito ressaltou a importância de garantir que a comunidade escolar tenha a liberdade de escolha quanto a essa questão, sem impor sua posição pessoal.

Ao ser questionado sobre a possível disparidade salarial entre militares e professores nesse modelo de escolas, o prefeito preferiu não entrar em detalhes, afirmando que a remuneração de uma categoria não invalida a outra. Ele também mencionou que a administração municipal tem trabalhado para valorizar a carreira dos docentes, sem fornecer esclarecimentos mais específicos sobre como essa valorização tem sido efetivada.

Em meio a essas divergências de posicionamento em relação às escolas cívico-militares, o tema se torna um ponto relevante de discussão nesta eleição para a Prefeitura de São Paulo, evidenciando a importância das políticas educacionais na agenda pública. Boulos e Nunes apresentam visões opostas sobre o assunto, o que abre espaço para um debate mais amplo e aprofundado sobre os rumos da educação na capital paulista.

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